Três consórcios concorrem à construção da ponte estaiada

14 de junho de 2013 - 19:05

O empreendimento, a ser construído através de Parceria Público Privada (PPP), deverá ser iniciado ainda em agosto deste ano

Três consórcios entregaram hoje (5) propostas à Comissão Central de Licitações da Procuradoria-Geral do Estado do Ceará para a construção da Ponte Estaiada sobre o rio Cocó, melhorias de acessos e implantação do mirante de Fortaleza. Concorrem ao empreendimento os seguintes consórcios: M.G.C (Mercurius Engenharia, Goetze Lobato Engenharia e Construtora Cidade), Consórcio Nova Fortaleza (Construtora Queiroz Galvão e Norberto Odebrecht) e Consórcio Ponte Estaiada OAS-Marquise (Construtora OAS e Construtora Marquise). O empreendimento, a ser construído através de Parceria Público Privada (PPP), deverá ser iniciado ainda em agosto deste ano e prazo de conclusão de 16 meses à contar da assinatura da Ordem de Serviços. Agora a documentação será analisada pela Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra) e divulgada as empresas vencedoras dessa etapa. Em seguida será anunciado o resultado da proposta comercial. O custo das obras não devem ultrapassar o valor máximo de referência, que é de R$ 338 milhões.

O projeto de melhoria do transporte e da mobilidade em Fortaleza, desenvolvido pelo Governo do Estado, tem na construção da Ponte Estaiada e sua interseções viárias, importantes fases de implantação de um novo e adequado sistema rodoviário objetivando desafogar o tráfego de veículos, principalmente de transporte coletivo, na região leste da cidade. Área em franco crescimento essa região da capital tem registrado aumento considerável do tráfego, problema típico das grandes cidades. A principal via de ligação para essa área é a avenida Washington Soares, já sobrecarregada no chamado horário de pico. Estudos indicam que a região necessita de imediata melhoria na acessibilidade aos grandes polos geradores de tráfego como o Fórum, o Centro de Eventos do Ceará e universidades.

A construção da ponte estaiada sobre o Rio Cocó e melhoria do Sistema Viário compreende a criação de novas vias, recuperação e duplicação da malha existente, com a possibilidade de se criar uma alternativa viária à CE 040 – avenida Washington Soares – com uma ligação paralela até a CE 025, conhecida como Avenida Maestro Lisboa. Em termos de funcionalidade a ponte irá proporcionar a ligação do fluxo viário dos bairros Dunas, Praia do Futuro e Cidade 2000, com uma avenida arterial paralela à Av. Washington Soares, a Av. Martins de Castro/av. C, nas proximidades do loteamento Sítio Colosso. Essa via já se encontra executada entre a Rua Rosa Cordeiro e a Av. Edilson Brasil Soares, e essa conexão com a ponte será uma forma de atrair viagens do corredor Washington Soares, melhorando significativamente as condições de tráfego dessa via, muito intenso em horários de pico. Outro ponto a ser beneficiado com o novo sistema é a avenida Sebastião de Abreu. A estimativa é que o equipamento receba cerca de 1.180 Unidades Carros de Passeio (UCP) por hora em 2014 e em torno de 2.460 UCP/H em 2019.

O empreendimento terá um custo máximo de R$ 338.071.554,35, sendo R$ 259 milhões a serem repassados pelo Governo Federal e R$ 79 milhões desembolsados pelo Estado. O novo sistema de intercessão e vias urbanas será implementado através de gestão compartilhada por meio de uma Parceria Público-Privada. O projeto já recebeu a Licença prévia da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).

A ponte terá 850 metros de extensão devendo ser sustentada por cabos de aço utilizando apenas dois pilares em forma da letra grega lambda, no trecho estaiado – que compreende 500 metros – evitando contato com o leito do rio. O complexo ganhará ainda um mirante a ser instalado em área próxima ao novo Centro de Eventos do Ceará (CEC). O mirante terá 121,14 metros de altura devendo se tornar um importante ponto turístico, com restaurantes e pontos comerciais, além de passar a ser um ícone arquitetônico da cidade. Possibilitará ainda uma visão panorâmica de toda a cidade, inclusive do parque Cocó e das dunas.

Texto: Ascom/Seinfra.